Essa é a sessão onde deixamos os projetos em andamento e que não possuem uma data definida para ficarem prontos. Para não correr o risco de a ideia nunca deixar nossas cabeças e computadores. Para não correr o risco de essas ideias se perderem em nós. Elas ficarão aqui enquanto são atualizadas. Essas ideias são projetos diversos que transitam entre código, linguística, filosofia e outros. Aqui, muitos conceitos se conectam explorando o potencial criativo da interseção entre tecnologia e pensamento, com experimentações com software ou investigações filosóficas sobre o conhecimento e a sociedade.
O objetivo desse pequeno projeto não poderia ser mais claro: confundir os sistemas automatizados das redes sociais que censuram conteúdo que contenha algumas palavras chave. Todos nós sabemos que isso acontece e é comum vermos textos com palavras escritas com algumas trocas simples, como "d3pr3ssã0", mas essas trocas são simples demais e podem ser identificadas com alguma facilidade pelos algorítimos, além de dificultar a leitura para pessoas com dislexia ou algum tipo de condição que prejudique sua capacidade de processamento e percepção visual. Esse projeto faz a troca de letras de palavras específicas de maneira muito mais sofisticada, usando letras similares de alfabetos diferentes, o resultado é mais eficiente para confundir os algorítmos e para a leitura final, como na palavra "dергеssãο", já convertida para esse formato de que falo e usando letras parecidas de outros alfabetos.
Esse esboço explora a crise de saúde mental no contexto do capitalismo tardio, destacando como o estresse e a ansiedade se tornaram produtos privatizados. Utilizando referências de pensadores como Mark Fisher e Zygmunt Bauman, o texto discute como as metodologias ágeis e a busca incessante por produtividade transformaram o local de trabalho em um espaço de exploração emocional. A desconexão entre o indivíduo e o sentido do trabalho leva a uma crise existencial, refletida nas crescentes taxas de suicídio e depressão. A privatização do estresse faz com que os problemas de saúde mental sejam vistos como falhas pessoais, ignorando as causas sociais subjacentes. A alienação e a falta de propósito, exacerbadas pela cultura do consumo, são usadas como ferramentas de controle social, onde somente uma revolução anticapitalista para resgatar o bem-estar coletivo e reconectar os trabalhadores a um propósito organico.