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Manifesto Lidimista

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A arte sempre será filha de sua época, uma filha que sempre nascerá — independentemente do desejo da época — e que poderá tomar qualquer forma, qualquer mídia. Sem a educação correta ela poderá se perder no tempo, sendo engolida por alguma rede social — ou projeto de propaganda publicitária — e expelida de volta em forma de entretenimento barato e fragmentador, reforçador em sua essência simplista e uma poderosa ferramenta de controle de massas e consumismo. Uma anestesia que leva quem a viu à letargia enquanto o poder, no papel de pai abusador, avança sobre todos como água penetrando em seus poros.

Vivemos a era dos alquimistas digitais; transformadores do que consideramos real. Eles fabricam desinformação e usam as redes sociais para espalhá-las como pragas em uma já sofrida plantação. Eles possuem fiéis seguidores para ajudar neste trabalho de disseminação. Pessoas que espalham suas criações para outros que — sendo ou não iguais a eles — no fim terão contato com a praga, por mais que se protejam — como nas, cada vez mais comuns, pandemias —. A contaminação facilita a regência do futuro de todos em um tempo onde a realidade é construída artificialmente, metamorfoseando-se em um cenário onde veremos cada vez mais regimes autoritários e destruição ambiental enfeitarem o arredor de crises cada vez maiores e capital cada vez mais concentrado em um pequeno grupo de indivíduos e corporações.

Algumas pessoas reagem à anestesia antes de serem dominadas pela apatia, mas nem todos corpos são assim, nem todos corpos estão presentes no presente e atentos ao entorno da mesma maneira como fazemos em nossas ruas violentas. Independente da situação, ambos os grupos tendem, em meio a tal contexto, a pegarem estradas que os leve à falta de vontade própria em seus dias; a distrações inúteis e desperdício de tempo; a falta de experiências relevantes na vida. Eis a primeira depressão.

Várias formas de manifestação da primeira depressão são acessíveis intelectualmente ao cidadão comum, mesmo os que estão a serviço dos alquimistas digitais. A principal delas, o automatismo, faz com que indivíduos vivam sem profundidade. Essas pessoas acordam com dificuldade, olham redes sociais pela manhã, vão contrariadas até o trabalho e voltam exaustas para casa para dormir após alguma atividade não intelectual, como assistir a algo ou embriagar-se. O dia seguinte e os próximos são pequenas variações desse e, às vezes, levam-se anos até que essas pessoas notem por um instante o eu, o agora, o tempo que passou. O automatismo transborda a mente de informações e estímulos simples e irrelevantes. A mente inundada apenas sobrevive como que seguindo um algoritmo, uma lista predeterminada que não exige pensamento; apenas repetição de comandos. O automatismo extrai a originalidade do ser, criando um avatar que apenas sobrevive até envelhecer ou morrer por alguma doença e subsequente falta de atendimento médico.

As pessoas — já fadadas à escravidão implícita nas rotinas diárias em busca de proventos — escolhem sua verdade, sua musa da mentira. Um ser justificador e acalentador para a vida kafkiana que passaram a viver. Cresce então o espetáculo negacionista e ignorante. Eis a segunda depressão.

Atualmente nota-se um movimento de pessoas construindo a sua própria verdade quase em tempo real; ou se permitindo viver a verdade construída por outros — talvez essa, a pior forma da segunda depressão —. Essas pessoas falam como especialistas, negam a ciência e a razão, entregam-se à conspirações e pseudo conhecimentos e não à defesa da dúvida racional, da observação ceticista. Pode-se até mesmo pensar que ignoram o tamanho da traição à própria integridade intelectual, e se entregam a tais devaneios por uma questão prática própria — ao acreditarem em algo porque acham que é útil e não porque acham que é verdade, como disse Bertrand Russell a mais de meio século deste texto —. Quanto sacrificam em nome de uma venda que amarram nos próprios olhos?

Desde muito tempo a moralidade racional é atacada por religiões e extremismos. Atualmente, ao observarmos nossa cercania, podemos temer já estarmos próximos demais de ser tarde demais para reverter tal conjuntura. Vemos uma multidão de pessoas que dispensam as vendas e arrancam os próprios olhos, gritam por atenção; por suas próprias verdades; alheias aos passos que dão em um palco sobrecarregado de eventos rotineiros. Fatos históricos e fatos científicos, qualquer coisa cuja existência e veracidade possa ser aferida, é abandonada.

É então que a expressão se torna fútil, superficial; as artes deixam de cumprir seu papel social e o artista se vê sem um intento. Todos estão em uma busca vertiginosa por prazer, riqueza e reforçadores rápidos, cada vez mais rápidos. O ambiente não permite mudanças fáceis e a vida passa tão rápido quanto se deseja que a felicidade chegue. Eis a terceira depressão.

A facilidade de reprodução em massa, junto com o desejo do artista em mostrar do que é capaz, tornou a arte estéril, vazia; apenas uma mercadoria, um produto distribuído às centenas pelo mundo em reproduções vendidas na rede, com o único intuito de obter lucro; deixando o importante papel de comunicar o incomunicável relegado a um outro plano qualquer da obra.

Encontramos, então, uma paisagem devastada para viver; um mundo habitado pela ignorância ridícula da sociedade e suas depressões. Ignorância que se torna ainda mais preocupante quando notamos que está ligada a interesses de grupos que precisam se auto afirmar em bases inexistentes.

A arte não deve ser engolida pelo momento, pelo egoísmo, pelo mau gosto, pela desvalorização e tirania de sua época. O artista que se sente deslocado não deve entregar-se à vontade dos que querem a sua entrega. Não deve vender o espaço para a criatividade dentro de seus pensamentos diários a trabalhos que servem apenas ao propósito do bem-estar básico, da sobrevivência; trabalhos que são realizados de maneira quase irracional. O artista precisa desse espaço para si.

É um momento onde é possível levar a galeria até as pessoas através da tecnologia, mas a mesma tecnologia também traz a flor grandes falhas que carregamos de nossa evolução como seres sociais. O progresso intelectual é abandonado e a vida aponta para a fama apenas; fama em forma tudo o que puder ser adquirido e usado como um verniz sobre uma vida carente de propósito. Grande parte das falhas deságua na busca cega por valor, que é visto apenas em engajamento, seguidores, visualizações; números que não deveriam ser usados para medir qualidade. Segue-se o abandono da originalidade, em troca a uma entrega perturbada a estéticas validadas no passado para conquistar reconhecimento similar nestes dias diferentes de agora. Imitam técnicas, elementos e contextos de mestres pregressos — ou obrigatoriamente utilizam materiais que estavam disponíveis naquela época —, alimentam o desejo de se sentir um mestre renascentista, um expressionista ou academicista de outrora apenas para mostrar supostas habilidades e autoridade usando bases que já são conhecidas; levam a arte à apatia estética de nossos dias.

A arte como signo de comunicação profunda deve reagir, deve acompanhar o progresso das eras, deve ultrapassá-lo e quando essa era deixar-se refrear, deve puxá-la.

Sabendo que podemos analisar qualquer tema em face de seus fenômenos visíveis e inferir os invisíveis após análise cética profunda. Sabendo que podemos analisar intuitivamente, com base no conhecimento que carregamos, as linhas temporais e espaciais do assunto abordado sem precisarmos abandonar o que Clive Bell definiu como forma significante, a beleza ou a feiura. Podemos criar a arte analítica inferida que concretiza um instante de pensamento completo, uma exposição onde o que todos veem e o que apenas o artista vê convivem. Rejeitando a tese do Realismo, pois precisamos de mais do que apenas o acesso ao que vemos de forma imediata, instantânea. Rejeitando também o automatismo puro e aleatório do subconsciente pregado pelos mestres do Surrealismo, pois é ele que, em um novo contexto, faz a geração atual fugir de reflexões necessárias a sua própria sobrevivência e a sobrevivência de criaturas que não podem fazer as próprias escolhas.

A arte comunica — mesmo nos holofotes com a apática arte comercial — e quando falamos de comunicação, de linguagem, falamos do mediador entre a realidade e nossa mente; a realidade só existe dentro de nós através da linguagem. Traduções sempre serão versões do original, nunca expressarão precisamente a mesma coisa e suas pequenas nuances. Conceitos se perdem e sensações não encontram mais formas em nossa voz interior na ausência da linguagem. Nossa pátria é a nossa língua, disse Fernando Pessoa. Nós habitamos nossa língua e através da arte podemos compartilhar uma pátria com o mundo, uma língua em comum, uma cultura; uma linguagem universal, como disse John Dewey. É tolo deixar essa linguagem abandonada à futilidades sem valor e razão.

Em concordância com o que acreditamos, o nome designado para o novo modo de expressão à disposição é LIDIMISMO, palavra que deve ser entendida de maneira particular. Define-se:

LIDIMISMO. s.m. 1 - Ceticismo em busca do entendimento da verdade, pelo qual busca-se exprimir musicalmente, por escrito, pinturas, tatuagens e qualquer outro meio criativo, a realidade compartilhando espaço com inferências analisadas pelo artista; 2 - Aplicada às coisas que podemos enxergar e as que só podemos imaginar e expressar de maneira alegórica; 3 - A expressão de um entendimento em caráter quase simbólico; expondo uma realidade surrealizada por toda sua profundidade simbólica; 4 - Movimento artístico-analítico, com similaridades estéticas com outros movimentos, como o Naturalista, o Surrealista, o Minimalista e o Expressionista.

A arte é uma filosofia que nos ajuda no entendimento da experiência humana através de sua representação, e o mundo natural está ultrapassado para as artes, ele ainda pode ser capturado por pinturas, música ou de forma precisa por fotografias, mas pouco diz sobre o que mostra, pouco aprofunda sem a ajuda de mais ferramentas. A arte nascida de uma vista já cansada só pode emocionar como a capa de um livro fechado emocionaria. O autêntico mundo natural é subentendido em nosso tempo, ele não pode ser visto apenas com o que os olhos mostram num primeiro momento, ele precisa da leitura do livro, ele é dinâmico. O movimento Lidimista retrata o que sua etimologia, de lídimo, nos ensina: o que é admitido como legítimo, verdadeiro; autêntico, genuíno em todas as suas representações. E para isto o olhar deve ser para o que vemos além da superficialidade do que nossos olhos nos mostram no mundo, mesmo que essa representação necessite de irrealidades que expliquem o real de maneira metafórica; os olhos da mente devem ser mais usados que os olhos do rosto. Como Pirro de Élis, precisamos saber que, no mundo das aparências, é impossível se obter conhecimento seguro diretamente da realidade, da natureza absoluta, inegavelmente incompreensível aos seres humanos. Devemos então, mesmo se não for possível saber como as coisas são de fato; sem julgamentos; racionalmente; sem ser levado por emoções e desejos pessoais; e após profunda análise do que inferimos e sentimos em relação a elas, expressar como as coisas nos parecem em toda sua completude além da realidade que podemos ver, podemos simbolizar a visão e o raciocínio. Eis o Lidimismo, trabalhando com a imaginação e as emoções das pessoas, convidando-as a utilizar ambas.

O ceticismo e a racionalidade de maneira alguma atrapalham a criação livre e espontânea. A experiência interpretativa pode surgir do ceticismo com naturalidade, ele é um elo essencial entre o profundo e o acessível.

Da mesma forma, a preocupação estética não deve limitar a criação da arte; estamos criando formas de comunicar ideias profundas, assim, luz e sombra podem ter vida própria na arte — podem ser mais que uma extensão do tema principal — sem deixar de expressar conceitos de forma. As coisas mostradas podem não ser possíveis de serem vistas na realidade ordinária, mas a própria realidade mundana é lida pelo artista em busca de informação, do tempo passado e futuro do tema escolhido, para ser expressa em linguagem, em realidade extraordinária, expressa de maneira menos óbvia, de maneira esteticamente irreal, estimulando o pensamento antes esquecido ou deixado em segundo plano. Mais uma vez, os olhos da mente racional são mais usados do que os olhos para o mundo supostamente real de verdades fabricadas.

Ainda, assim como fotos expressam a psicologia do olhar e, ao absorver a luz, substituem a necessidade do realismo das pinturas; o lidimista pode absorver o bizarro, pode absorver o real e fazê-lo ressurgir do que foi absorvido; pode expressar conceitos profundos, sem nunca fazê-los de maneira fútil ou aleatória, pois toda estética serve a um propósito, serve a uma ideia de comunicação. O lidimista pode expressar o que para uma mente treinada ficou subentendido na fotografia.

São tempos onde a humanidade ignora que não é o centro e não é a protagonista da existência universal. E quando pensamos em um contexto global, torna-se difícil acreditar que a humanidade perceberá este fato apenas com o que a humanidade pode ver no dia a dia, um mundo de automatismos que são levados do cidadão comum para as galerias. O automatismo no pensamento e nas ações é uma das ruínas de nosso tempo.

Inferimos daí que, por exemplo, como muitos escritores entendem que o valor de sua escrita se dá uma parte pelo tamanho dos seus textos — do seu sucesso quando, em uma era com tantas informações inúteis disponíveis, não deveríamos escrever informações que não valham a pena —, as pessoas cada vez mais sentem o impacto de tantas distrações e informações inúteis; sentem quando não percebem o tempo passar em frente aos seus celulares e o notam apenas quando pensam em retrospectiva, sentem quando começam a ficar cansadas sem terem feito nada relevante. O Lidimismo não é feito sem propósito.

Inferimos também que a música, como ferramenta de expressão mais popular que já desenvolvemos, não deveria se entregar ao capitalismo de forma; buscando conceber apenas obras descartáveis e sem nenhuma profundidade — obras unicamente populares, usadas para a distração no dia a dia —, ignorando todo o fractal possível de ser obtido dela de maneira racional e analítica, as possibilidades de enriquecimento intelectual e emotivo. O Lidimismo explora novas possibilidades.

Para maior clareza do objetivo Lidimista, pensemos em outros movimentos e em suas definições populares. Começamos no Realismo, retratando imparcialmente o homem enquanto ele interage com o meio social; representações preocupadas com a verdade da cena, com a fidedignidade, com a dissecação da sociedade burguesa. Surge uma versão mais radical do Realismo, o Naturalismo, mostrando de forma voraz e animalesca o homem como produto desse meio, mostrando a podridão, indo mais a fundo na realidade e mirando em coisas mais implícitas. Ainda no século XX surgiu o Surrealismo, propondo algo em outra direção, propondo a representação do subconsciente, do sonho, o que culminou na criação de cenas irreais, anárquicas perante a realidade. O Lidimismo é o próximo degrau Naturalista, pois o homem ainda é produto do meio social, mas é um produto criado de maneira mais intensa, manipulada pelo Estado e por algoritmos em redes sociais e ferramentas de busca. A subjetividade da realidade social pede uma estética mais irreal para ser representada de maneira verdadeiramente realista — além da palavra. A nova realidade não para apenas nos olhos ou apenas no profundo dos pensamentos, ela é a união das duas coisas; ela é extrapolação, movimento, som e fúria, tudo que a torna não vazia de razão para existir. Mesmo que o artista opte por não revelar suas razões, preferindo deixar para o público o quebra-cabeças a ser montado; pois mesmo a revelação ainda deixaria espaços para a análise — entender a arte seria como entender outra pessoa, além do artista. Como poderíamos resumir uma pessoa, e tudo o que a faz ser ela, unicamente com a linguagem? A arte Lidimista ainda evitaria o erro de imitar os tempos modernos que nos bombardeiam com estímulos inúteis.

O lidimista ainda pode pensar, por exemplo, em múltiplas realidades fossilizadas em um instante único onde todo o tempo é enxergado pois, em meio a nossas reflexões, não podemos esquecer de que podemos expressar conceitos. Conceitos também são realidade. Conceitos como o tempo, a angústia e outras palavras que expressam algo abstrato, toda essa natureza dinâmica pode ser expressada em um conceito concreto como uma ideia expressa esteticamente, assim como as alegorias de estética medieval. Pois o absurdo que significa ignorar a natureza dinâmica para obter benefício próprio, de financeiro aos relacionados à saúde mental e autoestima, é mostrado através do irreal e utópico, ultrapassando a realidade, que já não pode ser entendida tão facilmente. O irreal pode ser visto como sendo algo não só possível, mas cotidiano, comum, como nas obras de realismo fantástico da América Latina. A dúvida pode ser usada para chegar em uma expressão, uma arte desenganadora.

Que a arte lidimista more não só nas galerias, mas também nas ruas; que capture o amor, o medo, a ira, o ódio. Que a arte seja a linguagem usada para explicar o profundo, que quem a olhe saiba que somos artistas, pois a fizemos se sentir da mesma forma ao entender nossa linguagem!

Sabemos o quanto o mundo deixou de ser linear — talvez nunca tenha sido —, então a perspectiva também deve deixar de ser linear da mesma forma, ela pode ser forçada, curvilínea, esférica, não-euclidiana, inversa, atonal. Mas não deve ser óbvia, pois mais do que expressão, a arte também deve ser exploração. O minimalismo pode ser complexo em períodos como este, onde a era da verdade já foi deixada para trás. Hoje a realidade é incompleta; cabe a arte usar a lógica, a razão e a ética para preencher essas lacunas e servir a um espectro maior, social, e não um espectro de arte pela arte. Cabe a arte expor a dimensão dos temas cotidianos dos olhos naturais e dos olhos da mente, assim como coube a ciência expôr a dimensão do nosso planeta visto de fora dele próprio, por outra perspectiva, como nunca teríamos a completa noção apenas vivendo sobre ele e olhando suas paredes.

Temos a ciência e tecnologia humanitárias como aliadas, mas a mesma ciência e tecnologia nas mãos de tiranos destruiu nossa privacidade e nossas vidas. É necessário então criptografar, utilizar contratos inteligentes ou outra tecnologia facilitadora de nosso tempo para registro de toda arte, garantir a autenticidade do seu trabalho e colaborar com a análise lógica de especialistas no futuro. Abraçar o tempo que desejamos para nós. A arte também é arte por causa das mãos que a criaram e somente a ciência e a filosofia cética, analítica, humanista, podem levar a um futuro onde é possível viver todo o espectro da humanidade.

Este manifesto é um filho de seu tempo, mas deve ser intemporal, um filho que deverá evoluir para outros tempos e ser contra o tempo, deverá ser atualizado, coletivo, aprimorado. Um lembrete do poder da arte em períodos de dificuldade. Este manifesto é atemporal enquanto vivermos em um mundo de insanidades, enquanto vivermos tempos de abusos que são normalizados e esquecidos — os humanitários e os relacionados ao direito dos animais —; e enquanto houver pessoas interessadas em algo melhor do que este mundo, com humildade em relação a razão.

Com a esperança de um dia este texto se tornar apenas uma referência de épocas passadas onde a ignorância e superficialidade precisavam ser combatidas pois, de alguma forma, ainda eram celebradas.

01 Abril de 2021

v1.1, Atualizado em 10 Abril de 2021